quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Apesar dos pesares

Como pássaros,vem de leve pousa no coração apenas deixando lembranças.
Não escolhe hora e nem lugar, só aparece assim... Invadindo inteiramente esse espaço reservado apenas às pessoas ou ocasiões especiais.
Se realmente existe, posso a considerar como sementes de ternura plantadas em nós, pedaços de coisas boas que talvez não tenha ficado tanto tempo, mas o suficiente para deixar um rastro, um sabor, uma marca e um perfume.
Que nome dar a essa falta, esse vazio nostálgico, dolorido que invade a alma e toma conta do momento?
SAUDADES?
Pessoas vão e vem, e ficam se prolongando em nós, existindo pela eternidade do nosso caminho.
Nos trazem as memórias, antecipam sofrimentos e nos mostram o limite.
Na verdade,saudade é não saber mesmo!!!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos;
não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento;
não saber como frear as lágrimas diante de uma música;
não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer;
Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você,
provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler...
Escrevo-te estas mal traçadas linhas, para lembrar que hoje eu saio da noite vazia, de uma boêmia, sem razão de ser, na rotina dos bares, que apesar dos pesares me trazem você!!!
Eu te amo.


Angélica Vieira

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